21 de dezembro de 2010

MENSAGEM DE NATAL





      Num ano em que as crises económicas dominam o mundo em especial a zona europeia, há que reflectir sobre muitas outras questões, como seja a paz, o amor, a solidariedade, … fazendo votos para que 2011 seja um ano melhor em todos os sentidos.
      Da parte do Rancho Folclórico de Fortios, agradecemos a todos os elementos e, a todos aqueles que de alguma forma contribuíram com a sua dedicação, trabalho, confiança e espírito de sacrifício manifestado em prol de um único objectivo "continuar a manter vivas as tradições dos nossos antepassados a cada Natal que passa".
      Desejamos que este Natal seja o continuar de um caminho de amor, alegria, fraternidade e esperança, para podermos aspirar a ser cada vez mais amigos e solidários.

      Feliz Natal e Próspero Ano 2011!

      Um abraço de amizade – Joaquim Matias



10 de dezembro de 2010

Encerramento da Época Folclórica / 2010







 No dia 1 de Novembro, logo cedo, o Adro do Santuário do Sr. Jesus dos Aflitos começou a ganhar animação: era a “família” do Rancho Folclórico dos Fortios que ia chegando. Depois, cada um foi colocando em cima da mesa as coisas boas que trazia e os convites iam-se ouvindo daqui e dali: “prova lá este petisco!” -“Bebe um copo aqui! Olha que este ano ainda não provaste uma pomada como esta!”

A animação e a alegria foram uma constante!

Vai ganhando raízes o hábito de, no encerramento das actividades, promover este encontro que é, simultaneamente, de convívio, descontracção e avaliação do trabalho realizado.




Aqui  podemos ver algumas fotografias do nosso convívio






2 de outubro de 2010

Palácio de Belém - 25 de Abril







O Palácio de Belém acolheu uma festa de arromba com entrada gratuita entre os dias 22 e 25 de Abril. Para celebrar os 36 anos da Democracia Portuguesa, contou com música, projecções, exposições e muitos cravos.

Ao palco subiu; Deolinda, Paulo de Carvalho, Ronda dos Quatro Caminhos, Cristina Branco, Rancho Folclórico de Fortios, Kátia Guerreiro, Orquestra Sinfonietta, entre outros.

Mas nem só de música se fizeram as celebrações. «A Festa da Flor» espalhou cravos de papel pelos jardins do Palácio da Presidência da República. O objectivo da iniciativa foi apresentar a flor da revolução, à luz da tradição artesanal de Campo Maior. Houve também projecções em grandes dimensões nas paredes do Museu da Presidência com cartazes, murais, fotografias e registos audiovisuais cedidos pelo Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra.

O Rancho Folclórico de Fortios teve a honra de subir ao palco no dia, 25 de Abril, pelas 15 horas.



1 de outubro de 2010

Momentos de Poesia... "Poeta é o Povo"



A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. “Poesia”, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.
De seguida podemos apreciar algumas poesias feitas por poetas da “Aldeia dos Fortios,” todas estas poesias foram editadas na brochura “Festa na Aldeia,” anualmente editada pelo Rancho Folclórico de Fortios.



Um momento de poesia...
(José F. P. Chambel – “Feijão” / Festa na Aldeia - 2004)

I
Quando eu era criança
São tempos que já lá vão
Tive sempre a tendência
De ser produtor de pão

II
Em Janeiro fazia o alqueve
No mês de Maio o atalho
Em Setembro a revolta
Para não se acabar o trabalho

III
Era as voltas que a terra levava
Para haver boa produção
Semear o trigo e o centeio
Mas era quem era ganhão

IV
Também semeava aveia e cevada
Fazia parte da sementeira
Alguns anos não se colhia nada
Andava sempre com a mesma canseira

V
Em Março fazia-se a monda
Maio e Junho trabalham as ceifeiras
Em seguida faziam o acarreto
Levava-se o pão para as eiras

VI
Vinha a máquina da debulha
Para se levar o pão ao celeiro
Pois se desse boa funda
Dava para pagar ao moleiro

VII
No tempo de mocidade
Foram tempos bem passados
Pois eu tive a infelicidade
De andar atrás dos arados

VIII
Lavrei com bois e vacas
Não fui um mau ganhão
Andava com o colete às farrapas
Quando não ia varrer o chão

IX
Abalava na segunda-feira
Camisa lavada calças remendadas
Passava oito ou quinze dias
A dormir em cima de tábuas

X
Assim é que foi o meu passado
Enquanto a vida não mudou
Tanto mergulho tenho dado
E agora pouco melhor estou

XI
Amanhã é dia santo
Temos migas para o almoço
A trempe está ao canto
E a água está no poço



Outro ano já passou
(Joaquina Ribeiro / Festa na Aldeia - 2006)

I
Outro ano já passou
Quase sem me aperceber
Aqui está outra brochura
Vamos todos escrever.

II
P´ra escrever não tenho jeito
P´ra versos também não,
Mas com algum preceito
Será que sairão?

III
Uma... Duas... Três...
Mais letras vou juntar
Conseguirei alguma vez
As quadras fazer rimar?

IV
Do Rancho faço parte,
Com alguns anos, passados
Tenho amor a esta arte
De “Reviver os antepassados”.

V
Reviver os outros tempos,
Outros tempos que já lá vão
Desde filhos, pais e netos,
Passam de geração em geração.

VI
A todos quantos cá estão
No nosso Festival a bailar
Tenham uma boa actuação,
Depois um bom regressar.



Um agradecimento a Deus pela sua protecção divina a todos os residentes desta Freguesia de Fortios
(João Francisco Lacão / Festa na Aldeia – 2006)

I
No dia de Mártir Santo
Um desastre aconteceu
Na Freguesia de Fortios
Todo o Povo tremeu.

II
Todo o Povo tremeu.
Toda a gente chorava
Tudo chamava por Jesus,
Parecia que o mundo acabava.

III
Parecia que o mundo acabava,
Foi um grande terror,
Todos devíamos pôr os olhos
No poder do Senhor.

IV
No poder do Senhor,
A Deus não se esconde nada;
Ali quem nos valeu
Foi a Virgem imaculada.

V
Foi a Virgem imaculada,
Pelo seu santo poder,
Pois se Deus não fosse bom
Podíamos todos morrer.

VI
Podíamos todos morrer,
Duma morte bem triste,
Todos devíamos adorar
Nosso Senhor Jesus Cristo.

VII
Nosso Senhor Jesus Cristo,
Seu poder todo tem;
Perdoai as nossas culpas
Virgem Santa, Eterna Mãe.

VIII
Virgem Santa, Eterna Mãe,
Companheira do Senhor:
Acompanhai nossas almas
Quando a gente do mundo se for.

IX
Do Santíssimo Sacramento
Muito nos temos afastado,
E se o recebêssemos
Deus terá perdoado.

X
Ó Santíssimo Sacramento
Que lá estás nessas alturas,
Alumiai nossas almas,
Não nos deixeis às escuras.



Poema sobre Fortios
(Joaquim Carlos Santinho / Festa na Aldeia – 2006)

I
Freguesia de Fortios
Povoação bastante alegre
É de todas a mais bonita
No concelho de Portalegre

II
Situada a sete quilómetros
Da capital do Distrito
Tem locais encantadores
Que trazem muita gente para o sítio

III
Terra de lindas vivendas
Que acolhem os naturais
Mesmo com pessoas de fora
Aqui somos todos iguais.

IV
Vivendo o seu dia a dia
Gente humilde e hospedeira
Enfrentam o bem e o mal
Resolvendo-os da melhor maneira.

V
Aldeia em grande expansão
Tem crescido nos últimos anos
É para seu desenvolvimento
Que nós todos trabalhamos

VI
Habitantes e forasteiros
São tratados com cortesia
Todos podem contar com o apoio
Da Junta de Freguesia.



Reviver o passado no palco
(Catarina Lacão / Festa na Aldeia – 2007)

I
Numa tarde soalheira
Fiquei cheia de arrepios
Ao ver quem se aproximava
Era o Rancho dos Fortios

II
Entram os mais pequenos
Lembrando os tempos antigos
Os meninos de calça remendada
As meninas de bibes compridos

III
Trazendo o estandarte
Um lavrador aprumado
E p'ra sua companhia
Vem a coca a seu lado

IV
De seguida a tocata
E também os cantadores
Uns com trajes domingueiros
Outros de trabalhadores

V
Não esquecer os dançarinos
E também os figurantes
Cada um tem seu valor
Todos eles são importantes

VI
Na casinha nos juntamos
Em dias de frio ou calor
Eu não podia esquecer
O nosso ensaiador

VII
Sem esquecer a direcção
Que também é de louvar
Agradecemos com gratidão
A sua maneira de trabalhar




28 de agosto de 2010

Rancho Folclórico de Fortios, Actua em Elvas, no 20º Festival Int. de Folclore







A 20ª Edição do Festival Internacional de Folclore chegou a Elvas entre 6 e 16 de Agosto. Foram sete noites de espectáculo, com 14 grupos, sete Portugueses e outros tantos de vários países do Mundo.

Num dos mais populares e participados eventos de ar livre, assistimos ao regresso da cor, música, trajes, culturas e tradições.

Este ano, a convite da Senhora Vereadora do Pelouro da Cultura, “O Rancho Folclórico de Fortios” subiu ao palco no dia 12 de Agosto.

Oriundo do Alto-Alentejo, onde o Folclore local é caracterizado pelas danças de saias, entre outras danças de belo enfeito coreográfico, “O Rancho Folclórico de Fortios” procura representar os usos e costumes da região, a partir da autenticidade da recolha, quer de trajes quer de danças, dos seus antepassados.

Com a sua demonstração folclórica proporcionou aos mais idosos reviverem tempos de outrora, no largo da Praça da República, em Elvas.




A"Rádio Elvas" Entrevista o Presidente do
"Rancho Folclórico de Fortios"





A "Elvas Viva TV" gravou em video
"O Ranho Folclórico de Fortios"






Algumas das Fotos cedidas pela
"Rádio Elvas"





Click




12 de julho de 2010

Reportagem do Festival Int. de Folclore / Fortios 2010


Reportagem do Jornal " Fonte Nova"



Rancho de Fortios coloca Portalegre no mapa internacional


Dando continuidade a um dos eventos mais imponentes do Concelho e da região, o Rancho de Fortios voltou a organizar o Festival Internacional de Folclore, uma iniciativa que reuniu, no mesmo palco, o melhor da cultura tradicional não só do nosso País, mas também da Bulgária, Extremadura Espanhola e do Equador. E repetindo o sucesso das edições anteriores, a colectividade conseguiu colocar Portalegre no mapa do folclore internacional.

Arrancou, no Sábado, com a habitual sessão solene no Centro de Congressos da Câmara Municipal de Portalegre, mais uma edição do Festival Internacional de Folclore – Fortios 2010, um dos expoentes máximos em ter-mos de intercâmbio cultural na nossa região e que, apesar de algumas vicissitudes relacionadas com a ausência de dois grupos inicialmente previstos (México e Espanha, no Domingo), voltou a revelar-se um verdadeiro sucesso.

A Freguesia de Fortios voltou a ser a anfitriã do primeiro espectáculo do Festival, espelhando não só o melhor dos nossos usos e costumes, mas também o melhor da tradição do Douro Litoral, através do Grupo de Danças e Cantares Nossa Senhora de Guadalupe; da Beira Alta, pelo Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros; e do Ribatejo, através do Rancho Folclórico da Fajarda. Da Bulgária veio o Folk Dance Ensemble "CVYAT" e, do Equador, veio o Grupo de Danzas Andinas Intichaski.



Ainda na sexta-feira, e depois do também habitual jantar-convívio no Restaurante "O Sobreiro", teve lugar o primeiro desfile etnográfico pelas ruas da Freguesia e, finalmente, já no Largo da Boavista, o primeiro ponto alto do Festival…o momento em que todos os conjuntos se reuniram pela primeira vez em palco, proporcionando às centenas de populares uma noite alegre, recheada de momentos, em que os usos e costumes das várias regiões e países se cruzaram e fundiram num só.

Depois do grande espectáculo de Sábado, seguiu-se mais uma noite especial. Pelas ruas de Portalegre desfilaram, para além do conjunto anfitrião, os grupos da Bulgária e do Equador, arrancando enormes aplausos da população que depois seguiu para o CAEP, onde teve lugar o segundo espectáculo do Festival Internacional. Perante um auditório cheio (com destaque para inúmeros representantes da comunidade búlgara a residir em Portalegre), a organização promoveu a habitual troca de lembranças e deu, aos representantes dos grupos participantes a possibilidade de fazerem um balanço não só da efeméride, mas também da sua estadia na nossa região.

Destaque ainda para as palavras da vereadora responsável pelo Pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Portalegre, Adelaide Teixeira, que não poupou elogios ao Rancho Folclórico de Fortios.

"Este evento é uma tradição extremamente importante, pois dá a conhecer a nossa tradição, a nossa cultura e os nossos usos e costumes. O Festival só prova, mais uma vez, que o folclore é verdadeiramente a alma de um povo", frisou momentos antes do arranque do espectáculo.



"O Rancho de Fortios é um mensageiro do Alentejo, das suas tradições, dos seus cantares…da sua etnografia dentro e fora do País. Está cada vez mais reconhecido internacionalmente"

Já na derradeira fase do Festival, Joaquim Matias, presidente do Rancho Folclórico de Fortios, era um homem satisfeito. "O balanço é extremamente positivo. As expectativas eram muito grandes e, apesar da ausência do grupo do México e do conjunto espanhol no Domingo, tivemos um evento extraordinário", frisou, salientando o grupo do Equador que, em substituição dos mexicanos, se apresentaram com uma performance "fantástica".

Além dos espectáculos em Fortios, Portalegre, Crato e Castelo de Vide, o presidente da colectividade destacou os desfiles, principalmente o da nossa cidade, que percorreu as ruas desde a Sé Catedral até à Praça da República encabeçado por dois cavaleiros.

Na opinião de Joaquim Matias, este Festival foi "o mais conseguido", não só pela "qualidade das actuações", mas também "pelo número de espectadores".

O presidente do Rancho de Fortios fez ainda questão de agradecer a todos os que, de alguma forma, se associaram a esta efeméride, caso do Restaurante "O Sobreiro", do AIP (alojamentos), dos proprietários dos cavalos que guiaram o desfile e ainda de todos os que contribuíram financeiramente para a realização do boletim do Festival. Mas o agradecimento mais especial foi para os elementos do Rancho Folclórico de Fortios que, na sua opinião, são os grandes responsáveis pelo sucesso do Festival.

Textos: André Relvas




Festival Int. de Folclore Fortios 2010






19 de junho de 2010

Festival Internacional de Folclore "Fortios 2010"



O Festival de Folclore, anualmente organizado pelo Rancho Folclórico de Fortios, marcou já a sua posição entre os eventos culturais de primeira grandeza no Concelho de Portalegre.
Este ano e à semelhança dos anos anteriores, o Rancho Folclórico de Fortios irá organizar o seu Festival de Folclore.
Entre os Grupos Portugueses, irá receber o o Rancho Folclórico de Nossa Senhora da Guadalupe (Douro Litoral), O Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros (Beira Alta), Rancho Folclórico da Fajarda (Ribatejo), do estrangeiro vamos ter o Folk Dance Ensemble “CVYAT" - Vidin,  Bulgária, o Grupo de Danza Andinas INTISCHASKI - Equador e o Grupo de Folklore "Chispa"  de Espanha.
Ao longo dos anos o Festival de Folclore em Fortios cativou o público que ocorreu em massa aos espectáculos programados, como também os meios de comunicação, escrita e falada.
A abertura deste certame irá decorrer no dia 3 de Julho na nossa Freguesia, que irá colorir a nossa terra, com a riqueza das suas tradições, promovendo a amizade entre todos os intervenientes, com usos e costumes distintos.

No dia 4 de Julho pelas 22.00 horas o Festival Internacional de Folclore - Fortios 2010 terá lugar no CAE de Portalegre e contará com os grupos: 
Rancho Folclórico de Fortios - Portugal
Associacion Cacreña de Folklore "El Redoble" - Espanha
Folk Dance Ensemble “CVYAT" -  Bulgária
Grupo de Danza Andinas INTICHASKI - Equador

Fotos do Folk Dance Ensemble “CVYAT" de Vidin - Bulgária 








Fotos do Grupo Ensamble de Musica y Danza Maseua de Saltillo - México ( por motivos de passagens aéreas não viajaram para Portugal, foram substituidos pelo EQUADOR)










2 de março de 2010

Baile da Pomba

   

    O Rancho Folclórico de Fortios continuando a reavivar brincadeiras de outrora, vai levar a efeito, no próximo dia 06 de Março, o tradicional Baile da Pomba, o qual será mais um regresso às raízes culturais, onde os bailes faziam parte do entretenimento popular.
     O Baile da Pomba é um baile realizado depois do Carnaval, ou seja, já no período da Quaresma.
     Em Fortios, foi sempre um baile tradicionalmente muito concorrido porque era o único que se realizava durante um período de 40 dias reservado para a reflexão espiritual.
    Contudo foi também um evento a que ninguém ficava indiferente. Como a religião sempre foi vivida com muito fervor, algumas vozes se levantavam contra a sua realização, dado ser já no período em que não se deviam registar grandes manifestações de alegria, principalmente dançar. Por outro lado, custava muito aos foliões e amantes de bailes o final do Carnaval.
    Assim, no primeiro domingo da Quaresma, ou a meio deste período religioso, faziam-se nas sociedades recreativas, os bailes da pomba.
    O Baile da Pomba traduz-se numa brincadeira em que se coloca no centro do salão e suspenso do tecto, um objecto construído em forma de pinha, onde é fixada uma infinidade de fitas de várias cores das quais apenas uma permite a sua abertura e consequente libertação da pomba ali residente.
    Os pares dançam à volta da mesma retirando gradualmente uma fita até que consigam abrir a pinha e serem o rei e rainha do baile.










Para ver e ler o cartaz, click sobre a foto.