O evento decorreu no Largo da Pracinha - Mártir Santo em Fortios.
No Mercado à Moda Antiga, foram recriados usos e costumes dos nossos avós e expostos produtos agrícolas e artesanais, bem como a tradicional Tasquinha onde não faltou o bom vinho e a boa gastronomia da nossa terra.
Reportagem do Jornal "Fonte Nova"
Mercado Tradicional regressa a Fortios - Era assim antigamente.
Passavam poucos minutos das 14 horas quando o Largo da Pracinha, no Mártir Santo, começou a sentir a "azáfama" que se adivinhava para o resto da tarde. Pela primeira vez na Freguesia, reconstituía-se toda a essência dos mercados tradicionais e a população começava a aparecer. A verdade é que ainda os vários elementos do Rancho Folclórico que deram corpo ao mercado estavam a preparar a tasquinha e a mostra de produtos tradicionais e já muita gente "matava" a sede e a curiosidade com um copinho de tinto.
Foi, sem dúvida, uma tarde única, carregada de tradição, onde reinou o convívio e onde se recordou, da melhor forma, como era o comércio antigamente. Mas o regresso ao passado não ficou por aqui.
À noite, e dando continuidade a esta "viagem", o Rancho Folclórico de Fortios promoveu a terceira edição do Encontro de Cantadores de Saias, recordando também as cantigas e os bons momentos vividos,
por exemplo, "na apanha da azeitona, na monda, no arrancar do mato ou ainda nos bailes".
Um dia em cheio que deixou Joaquim Matias, presidente do Rancho Folclórico de Fortios, naturalmente satisfeito.
Abordando a primeira edição do Mercado Tradicional, o líder da colectividade afirmou que os grandes objectivos desta iniciativa foram, para além do convívio, "dar a conhecer aos jovens algo que nunca tinham assistido" e dar a possibilidade, aos mais idosos de "recordarem com saudade outros tempos, em que vinham a esta pracinha, onde reuniam, todos os Domingos de manhã, para comprar, vender, trocar e
conviver".
Revelando que o Rancho fez um convite "a toda a população" com intenção prioritária de regressar ao passado e dar a conhecer os mercados tradicionais, Joaquim Matias referiu que as trocas comerciais foram secundárias. "Alguns dos produtos que marcaram presença neste mercado foram cedidos pela população, a quem agradecemos o apoio e colaboração, e outros foram adquiridos para conseguir ter aqui esta mostra. Não quisemos lucrar, quisemos dar a conhecer e manter viva uma tradição que já não existia na nossa terra", afirmou, garantindo a continuidade do Mercado no futuro.
Destacando outras iniciativas da mesma índole, o presidente do Rancho confessou que, aquando da elaboração do Plano de Actividades da colectividade, existe sempre um esforço para melhorar em relação aos anos anteriores. "Tentamos todos os anos melhorar e adicionar algo de novo e venha enaltecer e elevar o nível e qualidade dos nossos eventos, pois queremos que Fortios seja uma comunidade viva, onde a cultura tradicional e popular esteja bem patente para todos", sublinhou.
Quanto ao Encontro de Cantadores de Saias, que já vai na sua terceira edição, Joaquim Matias mostrou-se igualmente satisfeito, não só com as actuações dos conjuntos de Alter do Chão, Fortios e Portalegre, mas também com a adesão das
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